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segunda-feira, fevereiro 1

É claro que ela não acreditava

É claro que ela não acreditava em amor a primeira vista, afinal, essas bobagens só acontecem em filmes, novelas ou coisas do tipo e além do mais, já não estava mais na idade dessas coisas.
Mas com aquele homem era diferente, era como se ele todo fosse um imã feito especialmente para ela. Tudo nele exercia uma atração daquelas que se chama de atração fatal.
Era mais que isso, mais que atração, ela negaria, mas os olhos daquele homem que ela nem sabia como se chamava fizeram com que ela o amasse ali, naquele instante.
Ela não sabia como ele era, se tinha algum defeito ou se tinha alguma qualidade, não sabia telefone ou endereço, a única coisa que sabia era que ele tinha uma conta bancária na mesma agência que ela, apenas isso.
Ela não acreditava em amor a primeira vista, mas na noite que seguiu a tarde em que se encontraram ela mal conseguiu dormir lembrando daqueles olhos.
É claro que ela não acreditava em destino, afinal, somos nós mesmos que fazemos o nosso caminho, e já havia esperado de mais por algum sinal, esperou tanto pelo destino que mesmo que ele fizesse caretas em sua frente não perceberia. Foi por isso que construiu a sua sorte e chegou onde chegou.
Mas um tempo depois, na mesma agência de banco, ele estava lá de novo, na sua frente esperando para falar com o gerente.
Ela ficou chocada, não podia ser verdade. Era. 
Ele viroude para ela e disse:
_ Oi, meu nome é Paulo.
Ela estremeceu, como assim aquela "coisa" estava fando com ela?
_ Oi, sou Lígia.
_ Acho que já nos vimos por aqui.
É lógico que já tinham se visto, ela se lembrava muito bem!
_ É, pode ser, eu estou sempre por aqui.
Pensou "E agora?"
_ Seria muito inconveniente pedir o seu telefone?
Ela não sabia como reagir, quer dizer que ele também a achava interessante?
_ Tudo bem, vou pegar meu cartão.
Ainda bem que na semana passada a empresa para que trabalhava lhe forneceu alguns desses cartões de contato, nunca acharia a caneta.
_ Por favor. Disse ele.
Ela lhe deu o catão, sorriu embasbacadamente e inventou que o horário de almoço estava acabando, se ficasse mais cinco minutos ali começaria a dar respostas incoerentes, não dava mais para esperar o gerente poder atender.
Se despediram casualmente e ela foi embora.
No mesmo dia a noite, ele ligou. 

2 Espantos:

Leandro blogger disse...

Bom...também nao acreditava rsrs...
Mais seus texto me diz que é possívél...

Espero um dia ter essa sorte, de encontrar alquem assim apenas com o toque do olhar.

Parabéns. belo texto!

Anônimo disse...

Ah só acreditamos quando acontece com agente! fatoo!
beijos