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sexta-feira, fevereiro 5

Iguais

Ela sentia tanto. Sentia em quantidades, sentia em profundidades, sentia em larguras e em comprimentos. Ela o sentia por todas as dimensões. 
Desde o primeiro momento fora capaz de enxergá-lo. Nesse primeiro momento, não sabia quem era ele, mas sabia o que ele era. Ele era como ela, e nada garantia essa certeza, mas ela a tinha. 
Então o tempo foi se passando irregular quando se tratava dele, mas aos poucos ela foi descobrindo quem era ele. Confirmou que eles eram mesmo iguais. 
Ela o amou. Não por ele ser como ela, porque nem sempre ela se sentia feliz consigo mesma, mas sim por ele também reconhecê-la como afim. 
Ela sabia como era, descobriu quem era, e com isso descobriu também que era um erro ama-lo, não que amar seja errado em alguma cincunstancia, mas ela consederava que deveria evitar tudo o que a fizesse sofrer, ele a faria sofrer, não porque desejasse fazê-lo, mas por razões que ela compreendia perfeitamente, ela o compreendia perfeitamente. 
Mas já era fato consumado, em pouco tempo viriam as consequências. 
O tempo foi caminhando no mesmo descompassado ritmo mas as coisas aconteceram, e agora estavam juntos.
Estavam sentados no sofá da casa dele, assistindo um filme italiano, e ela sentia tanto. Sentia em quantidades, sentia em profundidades, sentia em larguras e em comprimentos. Ela o sentia por todas as dimensões. 
Sentia que ele a amava o quanto necessário. O necessário para estar ali com ela, o necessário para não deixá-la, o necessário para ligar algumas vezes no dia para saber como ela estava e só o necessário para ter medo dos estragos que provocaria a ela se partisse.
Ele tinha medo porque sabia que enquanto ele era capaz de ama-la apenas o necessário,  ela o amava imensidões, o amava profundidades, larguras e comprimentos; inquantificavelmente. 
Ele tinha medo porque sabia que enquanto acariciava os cabelos dela assistindo aquele filme italiano que ambos adoravam, ela chorava. 
Ela chorava porque sentia as diferenças.
E ele também chorava, chorava porque assim como ela sabia de tudo. Sabia o quanto a relação era injusta, e se achava injustiçado por seu coração que mesmo tendo pertinho outro coração alguém que era tão perfeito, não parava de bater por outro alguém, que há tempos já estava longe. 
Mas eles eram iguais, ambos choravam e colocavam a culpa no filme italiano. 

8 Espantos:

fatoSempalavras disse...

Colocar a culpa no filme italiano......adorei isso...ponho a culpa em tantas coisas por inúmeras covardias de minha própria pessoa...lastimável...

E olha, vc , a cada dia que passa fica mais perfeita ao escrever! Amo!

37 beijos em seu coração!

Natália Ferreira disse...

Ela sabia como era, descobriu quem era, e com isso descobriu também que era um erro ama-lo, " arrepio com essa frase , olha como amamos errado

Anônimo disse...

E acredito que ela se descobriu.
beijos

Arco Irís disse...

Obrigada pela visita.
Vou seguir esse encanto de blog :)

Adoro historinnhas de (des) amor

:)

:*

Ju Fuzetto disse...

Bahh!!!


Adoro esse seu jeito de escrever as palavras certas, com tanta clareza e ternura!!


parabéns!!

dand disse...

Nossa, que texto fofo, tanta verdade, intensidade de sentimentos misturado as palavras..Adoreiiiii

Bom, seu comentário no meu post foi ótimo, bem verdade qdo vc disse que há tanta gente importante e que ás vezes temos a certeza de que nos fariam muito feliz estão tão longe.
Comigo é assim tb...seria mais feliz mesmoooo. Mas um diaaaaa estarei bem pertinhuhehe.

Bahhh, bjão e ótima semanaaa.
Dand.

Fred Matos disse...

Delícia de texto.
Beijos

Maldito disse...

Ah sim,..sempre os malditos italianos!