E caminhava pela rua, e observava a própria sombra.
Sentia uma sensação estranha, não sabia explicar mais havia algo diferente. Viveria uma nova fase talvez. Era assim que acontecia, as novas condições lhe traziam sensações estranhas, logo se acostumaria.
O que era dessa vez? O que a menina sentia?
Queria voar, e sentia que podia. Bastava se sentar em um canto com silêncio, vento no rosto, caneta e papel. Voaria.
Seria capaz então de descrever todos os lugares do mundo desde que tivesse papel e caneta, e claro, vento no rosto, mesmo que nunca tivesse conhecido o tal lugar, saberia, porque estava sobrevoando o mundo e atravéz de uma fina membrana poderia então tocar a vida. Saberia os seus limites; enquanto escrevesse saberia os seus finos e delicados limites. Se esforçando, quem sabe, chegaria em seu próprio limite, entre a sanidade e a loucura, o ápice de uma simetria perfeita entre verbos e rimas, teria nesse ponto tocado o tempo. Um pé cá, outro lá, entre a razão e o algo a mais que só quem já pode perdê-la sabe dizer.
Então descobrira a sua nova condição, a menina agora era poeta.
Viu na própria sombra uma figura mística, rara e diferente. Que tinha os olhos cantantes, a fala doce, um coração que sangra, uma alma que chora e um todo que sente, mais do que tudo e em primeiro lugar sente, e sente com infinita delicadesa e ardência, porque toca a vida, por uma fina e resistente membrana que se chama amor.
15 Espantos:
Que blog lindo!
Obrigada por sua visita ao Delírio da Bruxa, também gostei muito daqui, vou voltar.
Um beijo
Denise
Uau!
Eu nem pensei no amor enquanto lia o texto.
Gosto de escritos assim, onde o autor revela claramente o que ele escondeu durante todo o texto!
Beijinhos
Ai Bahh você escreve de um jeito tão forte e delicado ao mesmo tempo, que eu simplesmente me apaixono.
Mudanças, oh mudança que sempre vem quando eu não espero...
“Então descobrira a sua nova condição, a menina agora era poeta”
(Acho que agora é uma doidivanas rsrs *)
Lindo texto.
convite para seguir a história de Alice, lá no
--- continuando assim... ---
vai no capítulo 4 ...e ainda há tanto que contar :)
um beijinho desde aqui
teresa
Me deixou com os olhos marejados. Muito muito lindo. :)
Obrigada por essa viagem :)
Beijããão!
Lindissimo post!!
Inspirador!!!
beijos
Muito belo texto, profundo e inspirado.
Epantosamente belo! Adorei! Parabéns, beijinhos!
Intenso, gosto de ler coisas assim!
Abraços!
a primeira a escrever,versos em folhas secas,pro acaso levar ;)
Ei, Bahh!
Que possamos todos, em um só abraço, dar boas vindas a essa nova poetisa que surge. A essa alma sensível que capta o amor em suas dimensões diversas, em suas formas variadas, em seus sons e gestos escondidos.
Porque descobrir-se poeta é todo dia, é o mesmo que olhar pro sol nascendo e descobri-lo mais bonito porque um raio diferente despertou uma flor. Bonito pra alguns, brega para outros, indiferente para muitos.
Boas vindas, pois! Poetas são raros.
Um beijo!
"Queria voar, e sentia que podia. Bastava se sentar em um canto com silêncio, vento no rosto, caneta e papel. Voaria."
Liberdade que te permite ir e vir, sem sair do lugar. Liberdade boa, imensa, essa, não é, Bá?! :)
Adorei seus escritos!
Nao conseguirei sair desse blog sem antes estar seguindo.rsrs
Abraços !
Ser poeta é abraçar o mundo com olhos de amor.
Lindo, lindo!
Beijoca
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